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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Tributo a Nelson Mandela




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A África do Sul anunciou no último dia 05, a morte do seu maior líder: Nelson Rolihlahla Mandela, o popular Madiba, aos 95 anos.

Mandela, ao lado de Gandhi e Luther King, foi um dos maiores humanistas da Idade Moderna e o mais importante líder da África negra: dedicou a vida à luta contra o apartheid que, em plena metade do século XX, segregava negros, mestiços e asiáticos, a condições similares à escravidão.


A resistência ao regime
Ainda jovem, Mandela fez-se à Joanesburgo, onde cursaria direito. Em 1949, com a aprovação da lei que institui o apartheid, já advogado, viu-se liderando a resistência.

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As ações da polícia de Pretória, para dissipar protestos, eram massacres. O maior deles foi o episódio que ficou conhecido como o “Massacre de Sharpeville, quando 160 negros foram mortos.


Luta armada e prisão perpétua

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Sharpeville foi um ponto de inflexão: a partir dali Mandela começou a liderar uma luta armada contra o regime, transformando-se em um guerrilheiro urbano e passando a ser o “terrorista” mais procurado do país.

Preso, em 11 de junho de 1964, foi condenado a prisão perpétua e recolhido à prisão de segurança máxima de Ilha Robben: confinado a uma cela de 4m², só saia dela para quebrar pedras, juntamente com os demais condenados.


Tentativas de cooptação
Entrementes, a oposição mundial ao apartheid isolava a África do Sul e a resistência interna aproximava o país da guerra civil.

Em 1984, entendendo que o encarceramento de Mandela só aumentava a sua moral junto ao povo, o regime ofereceu-lhe a liberdade em troca do exílio. Mandela não aceitou o indulto: respondeu que encarcerado prestava um serviço a pátria e exilado não passaria de um desertor da luta.

Em 1985, o presidente Pieter Botha, novamente ofereceu o indulto, desde que Mandela se pronunciasse, apelando ao negros para que cessassem a violência. Mandela respondeu duramente: "Quem deve renunciar à violência é Pieter Botha. A violência é o apartheid".


A liberdade depois de 27 anos preso
Em 1990, já sob o a presidência de Frederik de Klerk, Mandela recebeu liberdade incondicional. Na saída da prisão, a multidão que o aguardava entrou em transe quando ele ergueu o braço direito com o punho fechado: o sinal característico da resistência. Mandela, ao deixar a prisão, tinha 70 anos de vida e 27 de cárcere.

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A presidência
Em 1992, os sul-africanos aprovaram uma Assembleia Nacional Constituinte: ali iniciava-se o fim do apartheid e era plantada a eleição do primeiro presidente negro do país. Nelson Mandela chegou ao poder declarando que a sua missão era conciliar todos os sul-africanos.


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A atitude conciliatória foi motivo de constantes crises com os líderes negros, que queriam retaliações aos brancos: Mandela retrucava que tal atitude geraria um apartheid ao contrário.

Em 1993 dividiu o Prêmio Nobel da Paz com o ex-presidente sul-africano, que o libertou, Frederik de Klerk.


Oposição
Mandela enfrentou ferrenha oposição. As críticas iam da sua vida pessoal – bastante atribulada familiarmente – até a tentativa de desconstruir o seu legado, acusando-o de ter desperdiçado tempo na presidência focando apenas a conciliação do país, sem promover as reformas estruturais que poderiam tirar os negros da miséria.

Também foi acusado de proteger aliados que enriqueceram rapidamente durante a sua presidência: um substrato de qualquer grupo, em qualquer parte do mundo, que se avizinha do erário, pois há joio misturado com trigo nas mais belas plantações.


Saldo positivo

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O saldo de Mandela é absolutamente positivo: ele recebeu as maiores honrarias do mundo, e conquistou um lugar privilegiado no panteão dos maiores nomes do século XX.

Os anos de prisão insalubre potencializaram a frágil saúde de Mandela. Lutou contra um câncer de próstata e várias infecções pulmonares. Em junho desse ano (2013), mais uma infecção pulmonar o levou ao hospital em estado grave. Em setembro, deixou o hospital e recolheu-se a sua residência em Johannesburgo, onde faleceu. 



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Fonte: Blog do Parsifal