As correntes político-partidárias enfrentam-se no Brasil de hoje, numa espécie de introdução ao embate eleitoral fixado para uma data a mais de um ano. As escaramuças assumem aspectos distintos, subordinados aos temas escolhidos para a demonstração, perante os eleitores, das excelências dos respectivos partidos e da inferioridade dos contrários.
Os focos escolhidos perduram na mídia por semanas, às vezes meses, até que um novo assunto venha substituir o escolhido anteriormente, apelando sempre para o lado emocional do cidadão e, não raro, fornecendo elementos que induzem a raciocínios incorretos, impedindo a elevação desejável e desejada do nível de desempenho e de idoneidade de nossos representantes.
Estamos na fase inicial dos debates para aprovação, no Congresso Nacional da nova política brasileira no campo do petróleo, isto é, o estabelecimento de normas que permitam a exploração do óleo existente no fundo do nosso mar territorial e abaixo da camada de sal – o chamado pré-sal, tido como capaz de abrir novos horizontes econômicos e políticos ao nosso País, além de uma era de prosperidade e riqueza para o nosso povo.
As atenções voltam-se todas para a discussão do assunto, envolvendo aí os interesses empresariais, políticos e governamentais, dadas as grandes repercussões econômicas para frente e para trás que um programa de tal natureza acarretará para o Brasil. Esses interesses constituem a base em que se assentam os partidos políticos nos grandes choques que promoverão no Congresso e fora dele, na mídia.
O dever dos maçons como paladinos da democracia e inspiradores do regime republicano é inteirar-se completamente dos acontecimentos, das razões e contra razões de todos os argumentos invocados, assenhorear-se das motivações mais ocultas dos contendores com o objetivo de atuar em defesa dos princípios da Ordem e isso em todos setores sociais, especialmente no âmago dos partidos políticos, de acordo com a vocação cívica de cada um.
Já se disse que “a política é a arte de bem governar”, mas isso não é sempre observado na vida prática. Cabe, portanto, aos maçons, como de certa forma responsáveis históricos pela evolução de nosso País a partir da Independência, uma participação consciente nos fatos políticos que se desdobram. Em caráter pessoal, evitando atribuir às Lojas maçônicas a função própria dos partidos, devemos envidar todos os nossos esforços para garantir à Pátria e ao povo brasileiro o grandioso destino que decerto lhes está reservado .
17.09.2009
Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral
Fonte: www.gob.org.br