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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Sacola de Benevolência ou Caridade

Para aqueles que são detentores de grandes contas bancárias, será que na outra vida poderão continuar a movimentá-las?

Acho que tem sido esse o desejo de muitas pessoas que não conseguem se desapegar dos seus bens materiais, esquecendo que um dia tudo ficará aqui mesmo na Terra.

Serão os outros que passarão a gerenciar os seus espólios. Não é assim que tem acontecido?

Conosco, levaremos tão-somente a nossa alma para ser julgada. Nada, além disso!

Ficaremos apenas olhando de onde estivermos sem nada podermos fazer, inclusive, vendo desentendimentos que geralmente surgem em família por conta da herança deixada.

Nesse momento, muitos estarão se perguntando: Por que nos prendemos tanto ao dinheiro do qual viramos vítimas?

Será mesmo que valeu a pena? Deixamos assim de contribuir para ajudar a combater as mazelas que afligem a humanidade e os Irmãos.

Como de costume ficamos apenas esperando pelo ‘bons samaritanos’.

Com esse propósito mesquinho, quantos ainda relutam em oferecer mais conforto aos familiares? O forte egoísmo que muitas vezes nos domina, não permite.

E agora, no momento em que muitos não tiverem mais em suas mãos o dinheiro que ficou estocado nos bancos, como ficará?

Diante dessa realidade, meditemos sobre o Evangelho de Jesus Cristo contado por (São Lucas 16, 19-31), que nos fala de um homem muito rico e de um pobre chamado Lázaro, portador de hanseníase que, após um grande sofrimento por conta dessa enfermidade, veio a mendigar as sobras de banquete realizado na casa desse milionário, enquanto os cachorros lambiam suas feridas.

Ao morrerem os dois, Lázaro foi para junto dos justos e o milionário mandado para o inferno, uma vez já ter tido a sua recompensa aqui nesse mundo.

Seu desespero foi tamanho ao implorar a compaixão de Deus para sair daquele lugar de tormento, porém, não possível ser atendido.

Vendo Lázaro desfrutando da alegria do Paraíso sem nada lhe faltar, o então ricaço fez apelo dramático para que ao menos os seus fossem avisados a mudarem de comportamento, para que depois não viessem a experimentar o mesmo suplício pelo qual estava passando.

Eles conhecem a lei e não a praticam como deveriam, disse Jesus, portanto, nada poderá ser feito. Além disso, um grande abismo nos separa.

Nesta vida, precisamos aprender a nos preparar para enfrentar – sobretudo o amanhã que poderá ser bom ou ruim.

Tudo dependerá das ações a serem praticadas nessa nossa caminhada terrena.

O dinheiro faz parte do nosso dia-a-dia. Enquanto não inventarem outra coisa para substituí-lo, é difícil viver sem ele.

Deus, porém, não condena o dinheiro de ninguém, especialmente se ganho de forma lícita e partilhado. O perigo é quando viramos seu escravo.

Por outro lado a Sacola de Benevolência é uma experiência importante que ajudará e muito a combater o pecado da ganância que carregamos no nosso coração. Quando começamos a receber os benefícios da partilha, veremos o quanto Deus tem reservado a cada Obreiro de coração bondoso.

O condenável de tudo isso, é o apego demasiado aos bens deste mundo, o lucro escorchante, o desamor, onde sequer olhamos para o nosso Irmão mais necessitado em busca de ajuda.

Estamos fixados no ‘ter’, não importando suas formas e maneiras.

Acompanhamos sempre com redobrados interesses a cotação das ‘Bolsas de Valores’, o sobe-e-desce do dólar, do euro, do real, etc.

Agora, a atual crise econômica vem mostrar a clara preocupação dos países com o futuro da humanidade, o que significa dizer que mais dificuldades já estão se abatendo sobre a Terra, caso não aconteça uma grande transformação através do amor, da caridade.

O nosso planeta já vem colhendo os ‘frutos amargos’ como resultado da má distribuição da riqueza universal, onde mais de dois bilhões de pessoas passam fome - a pior das humilhações. Aqueles que nunca sentiram necessidades estão preocupados em sentí-la.

Enquanto isso - o que menos interessa - é o estado desesperador em que vivem muitos dos nossos semelhantes, nos dando nítida impressão de que realmente não temos próximos.

O próximo, de quem tanto Jesus nos fala para sermos solidários, na verdade, somos nós mesmos e mais ninguém.

É nesse ritmo frenético que nosso mundo caminha rumo ao desconhecido.

Já os donos das grandes fortunas, que possam refletir a tempo sobre a situação de penúria em que vive tanta gente a espera de gestos generosos, a fim de que não venham experimentar mais lá na frente o triste episódio que envolveu o milionário pão-duro e o coitado Lázaro que obteve a compaixão de Deus.

Na minha concepção o primeiro socorro de um Maçon seria a Sacola de Benevolência ou Caridade.


Boa reflexão...

Ir. Herivaldo Cristo, MI.

ARLS Duque de Caxias IX, Nº 2.198