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quinta-feira, 18 de março de 2010

Padrinho, Seja Responsável




Na Revista Palavra Maçônica


O maçom que propõe um candidato à iniciação transforma-se em Padrinho desse candidato que, logo após iniciado, assume a condição de seu mestre. É bom saber que para a apresentação de um candidato por meio de uma proposta colocada na bolsa das premiações ou bolsa de propostas e informações, o proponente deve possuir o grau de mestre Maçom. A decisão de apresentar um candidato deve ser bem avaliada e estudada e ter do candidato pleno conhecimento de seu viver, pois a iniciação fará com que esse candidato passe a fazer parte da nossa família, a família Maçônica. A responsabilidade do proponente é moral, sua leviandade poderá pôr em risco todo o grupo, não só a loja, mas como também a própria ordem.

Para o bem geral de todos, você, proponente, deve avaliar bem o seu Candidato e imagina-lo, olhando do Ocidente, como seu Venerável Mestre, Venerável de sua Loja, dirigindo os trabalhos e tomando decisões, e imaginar se ele tem condições reais para isso. Por outro lado, as sindicâncias feitas devem ser rigorosas e só submetidas à aprovação quando realmente o sindicato o resultar plenamente apto para ingressar no grupo. Não ficando o proponente aborrecido, chateado ou melindrado, caso seu Candidato não seja aprovado na Sindicância. Às vezes é melhor a loja explicar a um Irmão sobre as reais condições de um Candidato, do que este trazer problemas sérios com insatisfação para todo o Grupo.

Todo discípulo tem seu mestre; o padrinho passa a ser o mestre “particular” do neófito e esse, por sua vez, deverá seguir os seus ensinamentos até que atinja o mestrado e possa propor profanos e assim tomar o lugar de quem lhe foi mestre, numa cadeia sucessiva e ordeira. Dessa forma, o quadro da loja amplia-se e constitui o núcleo da ordem com solidez. O afilhado Maçom deve empenhar-se ao máximo para que seu mestre o oriente, deve ser ativo e colocar sempre as suas dúvidas para que sejam esclarecidas e resolvidas. É também condição exigida para que um profano ingresse na maçonaria por intermédio da iniciação. Não basta o candidato ser politicamente livre, não basta ter um comportamento moral comum, a Maçonaria proclama que a sua filosofia tem base na tradição, nos usos e nos costumes. Portanto, costumes não é mero comportamento ou moral de conduta, mas sim um universo de práticas do bem que conduzem o ser humano a uma vida espiritual e moral bem definida, no qual o candidato deve comparecer à iniciação com uma disposição quase inata de amar a seu futuro irmão como a si próprio.

Isso exige um comportamento para com seu próprio corpo, para com sua própria alma e para com seu espírito. Ser livre e de bons costumes constitui uma exigência de muito maior profundidade do que parece a primeira vista. Seria muito cômodo aceitar um candidato que politicamente é livre, pois não há escravidão no mundo, ou que, penalmente, não se encontre preso, cumprindo alguma pena.

A liberdade exigida é ampla, sem compromissos que inibam o cumprimento das obrigações maçônicas, sem restrições mentais. Todo Maçom, mesmo antigo na ordem, tem o dever de se manter livre e de bons costumes, aprendizes, companheiros, padrinhos, afilhados, mestres, mestres instalados, Grão-Mestre, enfim, todo maçom tem essa responsabilidade. E o padrinho deve passar ao afilhado toda segurança, perseverança e fé, para que o mesmo consiga desbastar a sua pedra bruta para o aperfeiçoamento humano, e erguer em seu íntimo o seu templo para a morada do Grande Arquiteto do Universo.

Lembre-se sempre de imaginar o seu Candidato dirigindo sua Loja, que você com tanto carinho e dedicação a mantém, e não vai querer de forma nenhuma que ela seja mal dirigida ou mal administrada.n

Naur Soares de Araújo, M.•.M.•.
Obreiro da ARLS. Independência N°119 - Or.•. São Paulo

O Maçom e a Política



No Blog Irmão A Partir Pedra


O sexto Landmark (princípio fundamental) da Maçonaria Regular prescreve:

A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um. Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia, política ou religiosa. Ela é ainda um centro permanente de união fraterna, onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros.

No texto que, neste blogue, dediquei ao sexto Landmark, escrevi:

Por isso, em Loja não se discute Política nem Religião. Esta, porque sendo do foro íntimo da cada um, não faz sentido discuti-la. Aquela, porque sendo susceptível de grandes paixões poderia cavar insanáveis conflitos entre Irmãos. Ademais, reconhecendo cada maçon no seu Irmão um homem livre e de bons costumes, grave atentado a essa liberdade seria não lhe reconhecer o direito à sua crença religiosa e ao seu entendimento político. Não quer isto dizer que um maçon não possa ou não deva afirmar a sua convicção religiosa ou a sua posição política. Pode este, pode aquele, pode aqueloutro, podem todos. Mas, isto feito, mais além não se vai. Cada um crê no que crê, pensa como pensa, ponto final! Não há lugar para discussões sobre se esta crença é melhor do que aquela ou se aquele entendimento político é mais ou menos adequado do que aqueloutro.

A controvérsia ou discussão política está, assim, completamente banida em Loja, na Maçonaria Regular.

Este princípio implica um corolário, a que se chega por duas vias: a Maçonaria Regular não toma posições políticas.

Não o faz, porque (1), uma vez que não existe discussão política em Loja e, dado que as deliberações dos maçons são tomadas em Loja, não há como tomar posição política que resulte de deliberação validamente tomada; e porque (2), uma vez que a tomada de uma posição política implica escolha - em favor de algo, em detrimento de algo -, a instituição maçónica não toma posição, pois, com toda a probabilidade, iria fazê-lo em concordância com alguns dos seus membros, mas, por outro lado, afirmando discordância em relação a outros. E a Maçonaria Regular não privilegia nenhum dos seus elementos, nenhuma das ideias livres de homens livres. Não se trata sequer de determinar maiorias e de agir segundo as maiorias verificadas. Em matéria de ideias, tão legítimas e respeitáveis são as ideias maioritárias como as minoritárias. Afirmar uma posição institucional em detrimento do livre entendimento de um elemento que seja seria desrespeitar esse entendimento. A instituição é de todos, o espaço onde todos cooperam para que cada um se aperfeiçoe e evolua. Não pode pois privilegiar uns - ainda que porventura a maioria - em detrimento de outros ou de apenas um que seja.

A Maçonaria Regular, enquanto instituição, não toma, pois, posições políticas. A Maçonaria Regular não é monárquica nem republicana. A Maçonaria Regular não é politicamente conservadora, nem liberal, nem social-democrata, nem progressista, não prossegue nem defende nenhum "ismo". A Maçonaria Regular integra homens bons, que procuram ser melhores, sejam monárquicos ou republicanos, conservadores ou progressistas, liberais ou sociais-democratas, seja qual for o "ismo" que prefiram.

Por seu turno, cada maçom tem as convicções políticas que entende ter, toma e divulga (ou não...) as posições políticas que lhe aprouver, declara (ou não...) as escolhas políticas que julga adequado declarar, quando se lhe afigura oportuno, nos locais em que pretenda e possa fazê-lo.

Cada maçom é, em suma, um homem livre, que assume e aceita e com naturalidade pratica que há um espaço - a Loja - em que convive e coopera com outros homens livres, que podem ter ideias diversas das suas, sem que tal cause quaisquer dificuldades de relacionamento. E assim a diversidade é, não causa de conflito, mas catalisador de riqueza e abertura de espírito, de constante e leal interação das ideias de todos com todos, cada um testando e avaliando a validade das suas, a força das suas convicções, cada um evoluindo em função da sadia análise das ideias e convicções dos outros.

Fora do espaço da Loja, cada um é livre de assumir as posições políticas que entenda, como entenda, quando entenda.

Por isso, e em suma, não há posições políticas da Maçonaria Regular, mas cada maçom regular é livre de tomar e assumir e divulgar as posições e convicções e escolhas políticas que muito bem entenda. Que serão sempre suas e só suas e só a ele vinculam.

Rui Bandeira

Minuto Maçônico

A ABÓBADA DE AÇO

1º - Cerimonial usado quando se tributam honra a um Irmão Maçom, a visitantes e autoridades. 
2º - Consiste em cruzar as pontas das espadas, formando os Irmãos que as seguram duas ou quatro fileiras para que passem por baixo as pessoas a quem é dispensada esta honra maçônica, enquanto batem os malhetes. 
3º - Trata-se de uma particularidade do REAA, Segundo Alec Mellor: "Este uso não é de origem maçônica". Foi introduzido no século XVIII à imitação do cerimonial de certas Ordens de cavalaria nobres. 
4º - As Grandes constituições escocesas de 1763, de Frederico II, já citam a formação de abóbada de aço. 
5º - A “abóbada de aço” tem um simbolismo eloqüente. Por ela, os Maçons indicam que põem a sua força a serviço de quem honram com este cerimonial e o teto formado pelas espadas cruzadas simboliza a proteção oferecida.


Lembre-se,

MAÇONARIA ALEGRE E CRIATIVA DEPENDE DE VOCÊ

(saber - querer - ousar - calar)

Rui Tinoco de Figueiredo - MM
ARLS 8 DE DEZEMBRO - 2285
GOSP/GOB Guarulhos - S.Paulo


Fonte: www.cavaleirosdaluz18.com.br