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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Fé, Razão e Imaginação





O homem é dotado de inteligência, daí ter ele o poder de pensar, de raciocinar, de imaginar.


Fé, razão e imaginação são produtos da inteligência, ou até, quem sabe, melhor seria considerá-los subprodutos do intelecto.


Além do mais, possui um arquivo onde pode armazenar experiências e conhecimentos que atende pelo nome de memória.


Além de tudo isso, o homem tem o poder de inventar, de criar. Quem lhe fornece esses poderes é a imaginação. Realmente, o homem inventa, o homem cria.


Antes que chegarmos ao ponto principal deste ensaio – imaginação – busquemos subsídios para podermos ter noções mais ou menos exatas sobre o que seja a fé, sobre o que seja a razão, a fim de que possamos alcançar, sem maiores dificuldades, o extraordinário valor da imaginação, excepcional qualidade que tanto pode produzir o bem, como pode produzir o mal.


De princípio, poderíamos perguntar se a fé seria um complemento da razão.


Não! O que existe entre fé e razão, entre razão e fé é um relacionamento bem claro.


Tomás de Aquino, a nosso ver, foi quem melhor doutrinou sobre esse relacionamento. Ele criou uma doutrina baseada em quatro princípios fundamentais.


1.      Fé e razão são maneiras diferentes de conhecer.


2.      Fé e razão não podem contradizer-se.


3.      A razão é incapaz, por si só, de penetrar nos mistérios de Deus.


4.      A razão pode prestar um precioso serviço à fé.


Talvez atentos aos ensinamentos do grande teólogo da Igreja, alguns exegetas ensinam que a filosofia cristã repousa sobre uma síntese da razão natural e da fé, porém, de tal modo, que a razão se subordina à fé para, só então, justamente a seu serviço, poder desenvolver-se plenamente.


Contudo, é preciso que se tenha sempre presente que a fé e razão são maneiras inteiramente diferentes de conhecer, uma vez que a razão aceita a verdade pela sua evidência; já a fé aceita a verdade através da revelação. Por aí, fica patente que filosofia e teologia são “ciências” diferentes.


Para explicar porque fé e razão não podem contradizer-se, o teólogo argumenta que a verdade da fé, isto é, a verdade revelada não pode jamais entrar em conflito com a verdade da razão. E, aí, vem a explicação: se sabemos algo pela razão, não o sabemos pela fé; se sabemos algo por fé, não o sabemos por razão.


Tomás de Aquino, depois que fez o mestrado em teologia, até com certa dificuldade conseguiu ingressar no corpo docente da Universidade de Paris.


Falamos com “certa dificuldade” porque os dominicanos estavam sendo mal vistos pela reitoria da Universidade, seguidores do filósofo Averróis, interpretavam de maneira errônea a filosofia do Estagira, que começou a ser vista sob suspeita de heresia.


Quais as razões por que a filosofia de Aristóteles era vista como herética? 


Porque os próprios dominicanos, baseados na interpretação que faziam dos ensinamentos do grande filósofo, defendiam a tese de que a alma, enquanto individual, não seria imortal, isso porque defendiam a idéia de que a alma era simplesmente o sopro vital, sendo, portanto, essência material do corpo humano. Para eles, a imortalidade pertencia somente ao intelecto, por ser ele imaterial.


Neste ponto, entra o trabalho extraordinário de Tomás de Aquino: desfazer a impressão errônea que existia sobre a filosofia de Aristóteles.


E o grande teólogo/filósofo saiu-se maravilhosamente da empreitada porque, ao contrário de seus predecessores, conhecia a fundo os ensinamentos do Filósofo (como ele chamava Aristóteles). É aqui que aparece a sabedoria do Mestre, alicerçada a uma facilidade incrível de expor de maneira clara o que parecia muito difícil.


Procurou demonstrar que não existia o tal “intelecto da humanidade”, do qual todos os homens participavam, como ensinava Averróis. Com argumentação clara, difícil de ser contestada, partindo do princípio de que cada homem possui inteligência sua, isto é, independente, que é o que faz que haja unicidade entre alma e pessoa.


Jamais se colocaria em dúvida que a razão é o quase tudo quando se fala em aprendizagem. Todavia, já Aristóteles dizia que os sentidos eram importantes no esforço para aprender.


Tomás de Aquino concorda com o Estagirita ao afirmar que o conhecimento intelectual, conforme o modo da vida presente, tem seu ponto de partida nos sentidos corporais de tal modo que tudo o que não cai sob os sentidos não pode ser apreendido pela inteligência humana.


Falamos sobre a fé e sobre a razão. Cabe-nos, agora, dizer alguma coisa sobre a imaginação, tendo por meta mostrar que é a grande arma de que se vale o homem na composição da obra de arte.


A poesia, por exemplo, é um dos grandes objetivos da imaginação, basta que citemos a Ilíada e a Odisséia para que se confirme nossa afirmativa.


É usando a imaginação que o homem inventa e, sobretudo, cria. Entretanto devemos atentar para o fato de que se a imaginação inventa e cria as obras de arte que se eternizam pela sua perfeição e beleza, também não se pode negar que, através da imaginação, ele inventa e cria coisas que não deveriam jamais existir.


O que não se pode deixar de saber é que a razão, em certos momentos, deve policiar a imaginação. Faltando esse policiamento, a imaginação pode pender para um lado menos bom.


Vamos exemplificar: quando se afirma um fato histórico sem que se tenha como provar, deixa-se de lado a razão, daí por que a invenção é produto de uma imaginação que posterga inteiramente a razão.


A razão em si e por si não admite inverdades. Quem poderia afirmar que determinadas invenções não sejam mentiras?


Nós, todos nós, devemos refletir tendo por base afirmativas como essa de Tomás de Aquino:


“A verdade não pode jamais contradizer a verdade. Quando aparece uma oposição, é sinal de que não se trata de verdade, mas de conclusões falsas ou não necessárias”. (in Suma contra os Gentios II, 3,4).


Vamos repetir aqui o que já escrevemos em um dos nossos livros: O maçom estudioso, observador, verifica que a imaginação, em se tratando da ritualística maçônica, tem feito mais mal que bem. Somente na ritualística? Não! As invenções se multiplicam quando se trata da história das origens da Ordem.


Querem um exemplo de hoje, de agora? Então, lá vai...


Hoje mesmo, abrimos um e-mail e lemos isto: “Perguntas e respostas sobre a Maçonaria”.


A pergunta de nº 16 é a seguinte: “Qual a origem da Maçonaria”?


Resposta: “Sua origem se perde na noite dos tempos”.


E o que é mais grave, é que lá está escrito exatamente isto:


“Obs.: Todas as respostas foram pesquisadas no Ritual do Aprendiz do GOB”.


Não há como negar.


A imaginação é uma poderosa arma de que o homem lança mão quando se propõe a criar uma obra de arte. Quem nos dera que a imaginação só produzisse, só criasse coisas boas.


Ah! Quem nos dera! É usando-a que o homem tergiversa, é usando-a que o homem inventa, é usando-a que aquele que nada conhece da história da humanidade escreve que as origens da Maçonaria se perdem na noite dos tempos. Tão simples, é só pegar o Poema Régio (1390, portanto séc. XIV) que as dúvidas se diluem.


É preciso não nos esquecermos que a doutrina de nossa Ordem se ergue e se levanta sobre os alicerces da VERDADE.


Terminando, repetimos o que já escrevemos em algum outro lugar: entenda-se que a imaginação, ao lado da memória, é muito útil, desde que seja usada indissoluvelmente ligada à razão.



Irm. Raimundo Rodrigues –  Or. de São Paulo/SP.





Contribuição do Irm. Valter Martins Toledo, Or. de Curitiba/PR.

O Templo Maçônico

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Autor: Irm. Luciano Caetano de Sousa
Fonte: A Trolha.

Contribuição do Irm. MI Antonio Nuno Pereira de Vilhena, ARLS Duque de Caxias IX Nº 2198 - GOEPA/GOB, Or. de Belém/PA.

Socorro aos Irmãos Haitianos


O Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Soberano Irmão Marcos José da Silva,  manifestou-se através de mensagem aos Maçons, com o seguinte texto:




Dia após dia, o mundo toma conhecimento de como se arrasta a situação do Haiti diante dos esforços multinacionais pela recuperação do país vítima de catástrofe natural, mas inesperada.

O drama pessoal dos atingidos pelo terremoto do dia 12 tem um aspecto trágico indescritível, subjacente, sem dúvida, nas superficiais informações da mídia.

Estimulante, é verdade, a pronta solidariedade mostrada pela comunidade internacional, tão logo as tristes noticias começaram a percorrer o mundo e emocionantes os gestos pessoais de generosidade, traduzidos em milhões de dólares e veiculados para conhecimento da opinião pública.

Salientamos os esforços dos militares no território haitiano, sejam as tropas de paz da ONU, comandadas pelo general brasileiro Floriano Peixoto, sejam unidades de outros países, destacando-se os Estados Unidos, todos empenhados em amparar as vítimas, com alimentação, assistência médica e moradia num ambiente de ampla cooperação castrense.

A remessa de doação ainda é dificultada pelas condições precárias de funcionamento das instituições insulares, inclusive o sistema bancário. Estamos aqui no Grande Oriente do Brasil, porém, diligenciando para facilitar a realização dessas operações, principalmente através de fornecimento de dados necessários aos Grão-Mestres Estaduais e a todos os Irmãos que desejarem participar dessa ação fraternal de um Iniciado Maçom.

Brasília, 29 janeiro de 2010.


Fraternalmente,


Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral



Abaixo vão as informações necessárias para a remessa de numerário.
Para remessa de valores, via instituição bancária:

1 - O numerário deve chegar na República Dominicana, para ser repassado ao Haiti;
2 - O banco que servirá de apoio é o Scotiabank, de sigla SWIFT;
3 - A sede do Scotiabank na República Dominicana (única agência) fica em Santo Domingo;
4 - O valor máximo a ser remetido é de três mil dólares;
5 - Pode ser remetido como “pequenos compromissos” e enviar em mais de uma remessa, de três mil dólares cada; uma nova remessa só poderá ser efetuada após o encerramento do ciclo da anterior;
6 - Remessa efetuada por Pessoa Jurídica requer a apresentação de  documentos que comprovem a arrecadação;
7 - Santo Domingo “trabalha” com dólar americano;
8 - Pode-se  “chegar lá”  por dois caminhos imediatos,  a saber:
I)    via Canadá  (Scotiabank, Toronto), em que real converte em dólar canadense, e dólar canadense converte em dólar americano,  ou
II)    via EUA (Banco do Brasil, Ag. Nova York), em que real converte em dólar americano e segue direto para Sto. Domingo;

9 - Cliente: Gran Logia de la República Dominicana (Fundo Haiti); número da conta 02-0020099;

10 - Via Scotiabank:
a) remeter para o Canadá é:
Scotiabank, Toronto
Swift:  NOSCCATT

b) Toronto para Santo Domingo é:
Scotiabank,Dominican Republic
Swift:  NOSCDOSD

Ou

11 - Via Banco do Brasil:
o banco remete para Nova York e, de lá segue para Santo Domingo é:
c) Scotiabank,Dominican Republic
Swift: NOSCDOSD

OBS: Qualquer que seja a situação é possível obter esclarecimentos na GECEX, 61-3310-1877; os procedimentos operacionais, se deixados a cargo deles, porém, serão cobrados.

Minuto Maçônico

O COMPASSO - I

1º - O Compasso é um dos instrumentos de trabalho e um dos atributos da Maçonaria. Entrelaçado ao Esquadro, ele é usado como o emblema da Ordem maçônica. 
2º - O uso simbólico do compasso é de grande antigüidade, sendo de certa forma circunscrito à Maçonaria. Na antiga China, sugeria ordem, regularidade e propriedade; as referências são abundantes na literatura medieval, aparecendo no brasão dos Maçons operativos. 
3º - O Compasso é retidão, harmonia e compreensão da Lei e de uma realidade superior. É a moderação dos nossos desejos, a compreensão e o conhecimento da verdade, estabelecendo as perfeitas relações entre as coisas. 
4º - O Compasso descreve círculos que se dirigem aos céus, dos quais descem as influências fecundantes. De fato, o Compasso é um símbolo masculino e representa a Potência geradora ou a Energia criadora da Divindade. 
5º - O Absoluto e o relativo acham-se representados pela ação do Compasso, que, por si mesmo, oferece a figura da dualidade (hastes) e da União (cabeça do Compasso).


Lembre-se,

MAÇONARIA ALEGRE E CRIATIVA DEPENDE DE VOCÊ

(saber - querer - ousar - calar)

Rui Tinoco de Figueiredo - MM
ARLS 8 DE DEZEMBRO - 2285
GOSP/GOB Guarulhos - S.Paulo


Fonte: www.cavaleirosdaluz18.com.br