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segunda-feira, 7 de março de 2011

Uma Justa Homenagem



Falar, ainda que com poucas palavras, de um Irmão que representa para muito de Nós, um verdadeiro espelho de conduta e comportamento maçônico é, para mim, uma honra e uma oportunidade única de registrar, de público, toda a minha admiração e respeito.

Meu Past Master Imediato e Capelão, Irmão Jaime, quis os desígnios do Supremo Criador dos Mundos, que eu não pudesse estar presente nesta Sessão Especial e Histórica para Você e para nossa Augusta e Respeitável Loja. No entanto, fiz absoluta questão de elaborar este pequeno texto com todo afeto e tomado pelo mais profundo sentimento de respeito ao Irmão que pavimentou toda sua trajetória maçônica sem afastar-se dos landmarks e oldcharges. O Obreiro que lembra vez por outra do “balaustre polido”, da “peça de arquitetura”, da “coluna gravada”, da “medalha cunhada” e do “ágape”.

Irmão, quando Você chegou neste mundo, aos vinte e três dias deste mês de março do ano de 1933, lá pelas bandas de Xapurí /AC, deve ter proporcionado muita alegria e regozijo aos Seus pais, Manoel e Clarinda, pois naquele dia chegara ao mundo um Ser de Luz que traria, posteriormente, a felicidade a muitas outras pessoas. Esta afirmação pode ser confirmada por nossa cunhada Jacirema, que O acompanha na longa caminhada rumo ao encontro do Criador.

No dia 18 de novembro de 1972, uma outra imensa parcela da sociedade, que se espalha pela face da terra, comemoraria o ingresso em suas fileiras de mais um homem livre e de bons costumes. Era a Sua Sessão de Iniciação, na Loja Glória e Cultura, pertencente à Potência Maçônica “Maçonaria Glória do Ocidente”, hoje adormecida em nosso Estado.

Que Sua caminhada continua firme e decidida, apesar dos percalços, que inevitavelmente ocorrem com todos Nós, ao lado da ARLS "Duque de Caxias" IX, Nº. 2198, da qual foi Fundador e Venerável-Mestre.

Imagino quantas alegrias e admirações causou aos tantos os quantos O conheceram e conhecem, em todas as parcelas do segmento social que atuou e atua. Sua simples presença é a garantia de uma sensação de paz e tranqüilidade.

Sereno e sensato nos posicionamentos e interferências, contamina Seus pares pelo exemplo de retidão e bem querer. Seus ensinamentos haverão de perpassarem os anos e chegarem à posteridade, como testemunhos imortalizados da construção da história de Nossa Loja.

Em nome da atual Diretoria desta Augusta Oficina, quero deixar registrado o quanto O admiramos e respeitamos. Você representa para Todos Nós, um exemplo que deve ser seguido e haverá de estar sempre presente em Nossos corações.

Esta comenda é apenas uma singela homenagem de reconhecimento por todas as ações que Você praticou e pratica em prol da Ordem e em particular desta Loja.

Transmita aos Seus familiares e amigos, Nossos verdadeiros votos de gratidão pelo simples fato de Sermos Seus Irmãos.


PARABÉNS, MEU IRMÃO JAIME! MUITOS ANOS DE VIDA!



Irm. M.I. Agostinho Queiroz Soares, Past Master da A.R.L.S "Duque de Caxias" IX N° 2198

Por que Apoiar e Incentivar as Entidades Paramaçônicas ?




Antes de respondermos esta pergunta se faz necessário, em primeiro lugar, definir o que são Entidades Paramaçônicas.

Entendo que toda instituição, associação, entidade ou grupo de pessoas que seja formado, incentivado, patrocinado ou apoiado pela Maçonaria e que se dedique a trabalhar dentro dos princípios morais, éticos e libertários da Maçonaria é Paramaçônica.

São inúmeras as entidades paramaçônicas tanto no Brasil e fora dele e em sua maioria não são vinculadas a nenhuma obediência maçônica constituindo-se em entidades autônomas e independentes mas que em seus regulamentos e estatutos exigem a vinculação ou patrocínio de uma Loja Maçônica Regular ou de um Grupo de Maçons, não podendo elas trabalhar e realizar suas atividades e projetos sem a presença de um Mestre Maçom.

Estas entidades dedicam-se aos mais variados objetivos que vão desde a inclusão social de pessoas carentes. Passando por creches, asilos, unidades de saúde, ensino extracurricular, ensino oficial, ações culturais, sociais e filantrópicas e de formação de jovens.

Em algumas delas há o impedimento de participação em razão do sexo existindo entidades essencialmente masculinas ou femininas e nem por isso segregacionistas, pois suas atividades se assemelham. Existem também aquelas em que seus participantes devem obrigatoriamente ter parentesco maçônico, o que atualmente já se vem trabalhando para modificá-las.

A grande maioria das Entidades Paramaçônicas que se dedicam a formação de jovens foram criadas nos Estados Unidos e se expandiram ao redor do mundo, sendo as mais conhecidas no Brasil a Ordem DeMolay, a Ordem Internacional das Filhas de Jó e as Meninas do Arco Íris.

No Brasil, criada pelo Grande Oriente do Brasil, a Ação Paramaçônica Juvenil congrega em seus quadros membros do sexo masculino e feminino de qualquer procedência, não existindo a obrigatoriedade do parentesco maçônico.

Para as mulheres e filhas maiores de maçons foram criadas a Ordem Internacional da Estrela do Oriente cujos principais objetivos são desenvolver e dar suporte às atividades filantrópicas das Lojas Maçonicas bem como receber as jovens oriundas dos Capítulos de Filhas de Jó e Assembléias das Meninas do Arco Íris quando completam sua maioridade, e as Fraternidades Femininas que se dedicam às atividades de suporte e apoio à entidades assistências, de inclusão social, culturais e filantrópicas, sendo em sua grande maioria mantenedoras destas entidades.

O Escotismo, maior organização juvenil do mundo, é também considerada uma entidade paramaçônica, pois a grande maioria de seus Grupos são geridos, apoiados e patrocinados por Lojas Maçônicas.

Um grande equívoco que se comete é considerar os Lowtons como entidade paramaçônica, na verdade o Lowton é o filho do maçom que é adotado por uma Loja Maçônica que sob sua proteção e orientação assume o compromisso de ampará-lo e prepará-lo para a vida adulta, portanto a adoção de Lowton é uma instituição essencialmente maçônica e infelizmente, como destaca José Castelani em seu artigo “A importância da Adoção de Lowtons” tem sido criminosamente abandonada pelas Lojas e para piorar o quadro, as poucas Lojas que, nos últimos anos, ainda têm promovido a adoção, têm, depois de uma belíssima cerimônia, deixado os Lowtons largados à própria sorte, marginalizados e relegados ao limbo das coisas inúteis. Esqueceram-se, talvez, as Lojas --- com raras exceções, que confirmam a regra --- que dar assistência cultural, moral e espiritual ao Lowton, é preparar o maçom completo do futuro. (sic)

Para amenizar um pouco este quadro alguns Orientes Estaduais do Grande Oriente do Brasil tem criado Lojas de Lowtons que visam suprir em parte a obrigação assumida pelas Lojas Maçônicas ao adotar estes Lowtons e saliente-se que os trabalhos desenvolvidos nestas Lojas são motivos de elogios.

Portanto, visto todos estes objetivos tão nobres que movem as Entidades Paramaçônicas, seria desnecessário qualquer comentário do por que apoiá-las já que estes motivos se encerram por sí só em seus objetivos, contudo a titulo de argumentação sabemos e entendemos que o trabalho maçônico por excelência consiste no aprimoramento e crescimento moral do maçom como ser individual bem como a exata compreensão de seu papel no mundo.

A dedicação ao estudo das Artes e das Ciências nos transforma em homens plenos em todas as suas dimensões nos libertando dos grilhões profanos, tornando-nos capazes de conceber o Divino; o Indizível; de sonhar; de termos visão; de termos a Força, a Sabedoria e o desprendimento de nos entregarmos a projetos aparentemente impossíveis, utópicos e belos; de concebermos a fraternidade leal fruto da partilha do Desígnio; fazendo-nos reconhecer os méritos e as virtudes dos nossos Irmãos, não potencializando e exacerbando os seus defeitos, usando o fole com cautela na forja para que a ferramenta que lá se aperfeiçoa não enfraqueça por falta de atenção ou derreta por excesso dela. Desbastando a pedra bruta, com a lealdade que a critica exige, com a fraternidade que o sacrifício cultiva, com a generosidade a que partilhar o desígnio não é alheia, com o reconhecimento da força e inteligência para o fazer cumprir.

Nossa consciência de que temos, por obrigação, promover a transformação de nosso mundo e que esta transformação passa necessariamente em reconhecermos seus vícios e encontramos as ferramentas para transformá-los em virtudes é que nos faz reconhecer nas Entidades Paramaçônicas uma ferramenta em potencial para esta transformação e ela está em nossas mãos, para junto dos maços, cinzéis, trolhas, réguas, esquadros e compassos nos auxiliem na construção de um mundo melhor.

Mãos à obra, nossas cunhadas, sobrinhas, sobrinhos e os jovens de nosso mundo estão apenas esperando nosso apoio e incentivo para colocarem em prática todo o cabidél de formação que lhes proporcionamos para que eles sejam os grandes agentes de modificação de nosso mundo.



LUCIANO RIO

Presidente da Coordenadoria de Paramaçônicas da Secretaria Geral de Cultura e Educação Maçônica do GOB