Como toda sociedade iniciática, a disciplina do silêncio é o ponto forte. Através do segredo e durante muitos anos, a Maçonaria vem obedecendo rigorosamente esta lei.
Admirada, respeitada e vista com alguma reserva, sempre foi alvo de curiosos e acusadores, principalmente por aqueles que sonham chegar e vencer suas paixões.
Entretanto o que nos causa espécie é o conflito entre a Igreja e a Maçonaria, quando esta faz predominar a existência de um Deus, “o Grande Arquiteto do Universo” e ter o candidato ao nosso sagrado mister, uma religião, pouco importando que seja católico, protestante, budista, espírita, batista, etc.
De acordo com seus princípios básicos, nega filiação ao ateu, o que evidencia não ser ateísta, tornando falso, absolutamente falso que, no seu seio, seja hostilizada esta ou aquela religião.
Convem lembrar que os Templos Maçônicos não são locais de reuniões para debates agressivos, muito pelo contrario, pois ali se busca bons fluidos, paz, irmandade e preocupação com os destinos das pessoas e da Pátria, protegidos pelos olhares sagrados dos patronos São João Batista e São João Evangelista.
Devotados padres, cardeais, bispos e Papas foram membros ativos da Maçonaria. Entre tantos citamos: Bispo Sebastião Pinto do Rego; Padre Diogo Antonio Feijó; Frei Caneca; Padre Antonio Albuquerque; Dom José Joaquim de Azevedo Coutinho; Papa Pio XII Giovani Ferreti Mastai; Cardeal Carlos Dalberg e o Arcebispo Richard Beauchamp (Grão-Mestre na Inglaterra), entre outros.
Centenas e milhares de padres e religiosos de todas as Ordens, (só no Grande Oriente da França, eram mais de 2.500) e de todos os países do mundo, que tinham sido iniciados, sabiam que a Maçonaria não era aquilo que pregavam.
Em presença de uma sociedade alucinada e freneticamente lançada em busca do vil metal e à procura de novos valores e padrões de vida, a Igreja vê-se obrigada a dar constantes guinadas.
A ignorância das coisas maçônicas e a fantasia dos detratores à nossa causa, construíram uma história inversa à realidade.
Graças a homens de respeito, maçons e profanos, conseguiu-se penetrar até o âmago da questão e lançar sobre a enigmática origem uma luz de conhecimento, verdades e profundo saber.
O mundo está repleto de mistérios e somente os “cegos” não os veem.
Afinal, qual o segredo na Maçonaria?
O dia em que o homem enxergar que a família é a célula fundamental da humanidade; que a liberdade e o direito andam paralelos e são sustentados pelas vigas da lealdade; que a humilhação aos fracos e oprimidos traduz covardia; que a prática do bem sobre o mal aperfeiçoa nosso espírito; que os vaidosos serão refletidos em seus próprios espelhos de vergonha; que o homem sem caráter, não é digno dele mesmo; que se deve trilhar na estrada da honra e da justiça; que o idoso, que será você amanhã, deve ser respeitado e ajudado; que a criança é o símbolo do futuro, aí sim, estará em condições de se aproximar do SEGREDO que todo mundo busca e anseia conhecer.
Ser Maçon é algo muito além desse desejo. Por isso tão poucos conseguem chegar até nós.
Ir. Nelson José Santana - Gr. 33
ARGBLS 22 de Agosto, nº 1819, Oriente de Colatina/ES, Brasil
