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sábado, 20 de março de 2010

O Compasso e o Esquadro



Na Revista Palavra Maçônica

O Esquadro e o Compasso podem relacionar-se com o Selo de Salomão; mas este é uma figura fechada, enquanto que a nossa sigla é aberta, pois é formada por dois ângulos e não por dois triângulos, evocando assim a idéia do infinito. Nessa posição, o Esquadro representa esotericamente a Terra, o Corpo, a Matéria; e o Compasso, o Sol, o Espírito ou a Mente; a fecunda imaginação humana que pode equiparar-se ao instrumento capaz de traçar uma infinidade de círculos, cada qual com sua “justa medida”.

Sabemos que o compasso reproduz círculos e o esquadro forma retas verticais e horizontais. Mas onde está o seu significado oculto? Não está apenas nos conhecimentos científicos; está também nos conhe-cimentos filosóficos e místicos, como por exemplo, a Escola Pitagórica e a Cabala. Para explicarmos a existência do Compasso e do Esquadro na Maçonaria, utilizaremos o Evangelho de São João, cap. 1:

“No começo era o verbo...”

 

“... e o verbo estava com Deus”,

 

“... e o Verbo era Deus”.

 

“Ele estava no começo, com Deus”.


Observamos que: “No começo era o verbo...”. Portanto, o “começo” é a unidade, é a força geradora do universo, a Mônada, ou ainda, o âmago do G.·. A.·. D.·. U.·. onde teve início a concepção do universo, o qual foi criado através do Verbo. O número 1, representado pelo raio da circunferência, representa o Desejo Divino em levar a Luz rumo à escuridão. A díade representada pelo ponto de encontro do raio da circunferência com a mesma simboliza a base da criação de nosso mundo físico, seja ele humano, animal, vegetal ou mineral. É o princípio passivo, conceituado pela Cabala como o “Desejo de Receber”. Em um objeto inanimado, por exemplo, uma pedra, o “Desejo de Receber” é pequeno, pois é quase independente do mundo físico no que diz respeito à sua existência; ela não necessita de nada para assegurar a continuidade de sua existência. No reino vegetal, uma árvore tem o “Desejo de Receber” fluidos vitais como o floema e o xilema, bem como a luz solar, para garantir a sua continuidade. À medida que ascendemos na escala evolutiva, nós encontramos uma crescente dependência em relação ao mundo externo em termos de sobrevivência, o que culmina com o Homem, que tem o maior “Desejo de Receber” de toda a Criação. Deus impôs a sombra unicamente para tornar a luz visível; a unidade somente pode manifestar-se pelo binário. Portanto, o princípio ativo busca o passivo.

Qual a natureza do princípio ativo? A de expandir. Qual a natureza do princípio passivo? A de reunir e fecundar. A Unidade superior da qual partem duas linhas divergentes se reproduz no Binário; mas estas linhas divergentes seriam inúteis se não se unissem em alguma parte. O Pai (1) e a Mãe (2) geram o filho (3); o enxofre e o sal produzem o mercúrio; o céu e a terra formam o Homem. A culminação do “Desejo de Receber” para os outros, a qual é equivalente ao “Desejo de Repartir”. A hipotenusa dos triângulos ou Tríade é a sabedoria. É a união de um de dois princípios. É o orgulho submetido ao amor; é a ciência humana que se faz prudente por sua modéstia e se submete à infalibilidade da razão universal. Mas onde se encaixam o compasso e o esquadro dentro deste princípio filosófico? As hastes do compasso representam o terceiro elemento, ou a Tríade, como podemos ver na figura. São formadas pelas duas hipotenusas dos triângulos superiores, representando assim dois ângulos de 45 graus, que é a medida da abertura do compasso em Loja Simbólica. O Esquadro está no semicírculo inferior e forma um ângulo de 45° com hastes do compasso, estando assim impossibilitado de traçar uma linha vertical, pois simplesmente ignora a Tétrada ou o Quaternário. Assim como na Árvore Cabalística, os três primeiros sefirotes, representados pelos números um, dois e três, representam o plano metafísico, ou ainda o Oriente da Loja Maçônica, correspondendo ao Venerável, Secretário e Orador, respectivamente.

O Dever de Fraternidade



O Grão-Mestre Geral, Soberano Irmão Marcos José da Silva, do Grande Oriente do Brasil, manifestou-se, através de mensagem aos Maçons, com o seguinte texto:


O movimento da terra ao redor do Sol ocasiona, amanhã, dia 20, o fenômeno do equinócio,  de grande significado simbólico para a Maçonaria e também para as demais escolas iniciáticas. É quando o Sol, aparentemente, transpõe a linha do equador e se dirige, neste caso, para o outro hemisfério, levando a primavera, para o norte do planeta, e devendo trazê-la de volta, para os lados do Sul, no mês de setembro.

O homem moderno, desligado dos temas que não são de interesse imediato, esquece de que vivemos  todos dentro de um sistema planetário com suas leis, seus ciclos garantidores da harmonia e da beleza intrínsecas em fatos com que nos deparamos diariamente. Um desses é a viagem do Sol, que desequilibra sempre a duração dos dias e das noites, mas que, duas vezes ao ano, o põe em lugar de perfeito equilíbrio.

Em tempo não muito longínquo, o ano maçônico começava, no Grande Oriente do Brasil, no dia 21 de março, quando o Sol ingressando no primeiro signo do Zodíaco – Aires – inicia um novo ciclo a partir do equinócio. Em algumas partes do mundo ainda se adota o calendário cujo primeiro dia do ano é justamente o 21 de março.

Se bem observada, a geométria celeste envia periodicamente à Humanidade certas mensagens, em forma de símbolos que são usados pela Maçonaria em sua faina de aperfeiçoamento do ser humano e de busca constante da verdade- vejam-se os exemplos da esquadria e da igualdade, este em matéria de duração do dia e da noite, ocorrências associadas à passagem do equinócio.

As lições que os maçons recolhem dos sinais celestes são sempre indicação da reta conduta nas relações humanas, que devem ser orientada pela virtude da tolerância; na justa valorização dos opostos, seja com referência à orígem, raça, crença, orientação política e em outros aspectos das diferenças entre os seres humanos. Enfim, esses sinais sugerem que vem de muito longe a imposição da fraternidade entre as criaturas do Grande Arquiteto do Universo, princípio tão defendido pela Maçonaria Universal.

E é em nome desse princípio que devemos celebrar a passagem do equinócio não só como fenômeno astronômico, mas também como aviso fugaz e poderoso de que o céu está atento ao comportamento dos homens, especialmente de nós, maçons, que temos a missão grandiosa de tornar feliz a humanidade.

19.03.2010.


Marcos José da Silva

Grão-Mestre Geral

Minuto Maçônico

A BOLSA DE BENEFICÊNCIA

1º - Tem várias denominações como: Tronco de Solidariedade, de Beneficência, dos Pobres, da Viúva, etc. 
2º - A segunda bolsa é conduzida pelo hospitaleiro que, também, faz o giro obedecendo à hierarquia funcional; oferece a bolsa aos irmãos sem olhar para a mão que coloca o óbulo. 
3º - Contribuir financeiramente para a beneficência é um dos deveres mais sérios de todo maçom, uma vez que, junto com o seu óbulo lança os seus "fluídos espirituais" que o acompanham dando afinal muito mais que os simples valores materiais. 
4º - O "mais bem-aventurado o que da, que o que recebe", é um preceito bíblico que deve estar sempre em nossa mente. 
5º - Quando colocamos nosso óbolo devemos visualizar o destinatário, enviando-lhe nosso carinho e votos de prosperidade.


Lembre-se,

MAÇONARIA ALEGRE E CRIATIVA DEPENDE DE VOCÊ

(saber - querer - ousar - calar)

Rui Tinoco de Figueiredo - MM
ARLS 8 DE DEZEMBRO - 2285
GOSP/GOB Guarulhos - S.Paulo


Fonte: www.cavaleirosdaluz18.com.br