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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Você é Maçom ou dizem que você é Maçom?




É comum ouvirmos, na abertura dos nossos trabalhos, o 1º Vigilante dizer: “pelo sinal que fazem, todos os IIr.·. das Colunas do Sul e do Norte são maçons, Venerável Mestre”. E este, complementando o ritual, diz: “eu respondo pelos do Oriente”. É tudo muito significativo ritualisticamente.
Mas será espiritualmente significativo para cada Irmão presente, ou será somente mais uma sessão da qual participamos apenas material ou obrigatoriamente porque aceitamos pertencer à Sublime Ordem? Este, meus Irmãos, é o âmago da questão que estamos vivendo atualmente. Temos muitos IIr.·. com boa vontade, solidários, fraternos e tolerantes. Mas, dentre estes, que deixaram a essência da Sublime Ordem guiar seus espíritos e demonstrar materialmente essa benesse, que a Ordem sempre teve como base de sua existência, temos aqueles que se sentem desiludidos por acontecimentos que geraram dúvidas em seu ser, como exemplo, cito: discussões frívolas que não levam a lugar nenhum; desentendimentos porque um Ir: .não soube observar com diplomacia um percalço qualquer de outro Ir.·.vaidade por cargos em Loja; agir como homem comum e não como um verdadeiro maçom, que deve ouvir atentamente o Ir.·. e depois argumentar com ponderação para que haja um entendimento sadio e, por conseqüência, o esforço de uma amizade que a Maçonaria em si sempre fez questão de que seja primordial entre IIr.·. 

Eu mesmo, que tive a ousadia de escrever estas ponderações, já me vi muitas vezes intolerante e achando que o Ir.·. não devia fazer isso ou aquilo em vez de pensar um pouco mais, e analisando friamente os motivos que fazem uma pessoa ser autoritária, arrogante, impertinente e às vezes até agressiva, sem uma aparente motivação.

Será que este Ir.·. ou pessoa comum não tem lá em sua vida particular seus motivos para irritação? Será que você que praticamente não tem dificuldades não poderia tentar conversar mais com este Ir.·. ou pessoa comum e tentar entender por que esse ser se irrita à toa, por qualquer motivo? Aqui entre nós, eu sei que é muito difícil dialogar com pessoas em dificuldades, porque quer queiram quer não, todo mundo tem amor próprio e orgulho, até às vezes ferido pelas mudanças da vida, tornando-se de espírito fechado e não admitindo que ninguém, segundo seu modo de ver, dê palpites em sua vida, mesmo que se tenha a melhor das intenções.

Assim sendo, no meu modo de entender, nós, seres humanos, não estamos nos relacionando como IIr.·., tanto aqui como lá, deixando que, a cada dia que passa, cada um construa seu mundo particular, ao ponto de até nos distanciarmos da própria família, porque não precisamos deles materialmente, e o nosso espírito de amizade que Deus nos deu de graça morreu dentro de nós, antes mesmo do inexorável chamado do Grande Arquiteto do Universo para o acerto de contas definitivo. E dentro desses parâmetros da atual conjuntura em que vivemos, notamos que praticamente ninguém consegue se concentrar espiritualmente e se irmanar em um pensamento uníssono positivo, para derrubarmos as barreiras da desconfiança, do mal-entendido, do “eu estou com pressa”, “tenho compromisso” e assim por diante. É, meus IIr.·., sei que estou provocando muitas perguntas fáceis de responder, mas difíceis de se explicar; no entanto, façamos como aquele Beija-Flor, que, mesmo sabendo que não apagaria o incêndio na floresta, continuou a jogar pingos d’água nas labaredas que consumiam seu habitat.


Ir .·. Carlos Alves Rodrigues, M.·.M.·.

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