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segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Felicidade


Viver não é suficiente; o necessário é viver feliz.  A existência só tem sentido e sabor se ela se transforma no tempo e no lugar da FELICIDADE.    A existência de cada pessoa é um livro em branco, “esperando” ser preenchido pela FELICIDADE...  daí dizer-se que a Felicidade é o Santo Graal de cada um.

Etimologicamente Felicidade quer dizer “boa hora”; a Maçonaria, Ciência da Alma, Escola de Virtude e Superação que é, sustenta que os seres vivos, entre eles, e principalmente, o gênero humano (seis coisas, entre outras):

I - têm Direito à Vida, à Verdade e à Felicidade;
II - como frutos da Criação devem desfrutar equanimemente de Liberdade, Igualdade e 
Fraternidade;
III - todos pensam, sentem e agem por sentimentos, e isso é bom; mas o Maçom tem a 
obrigação de pensar, sentir e agir apoiado em princípios e valores morais;  o Maçom é um    
ser moral e todo ser moral, modernamente, é uma pessoa sem egoísmo;
IV - o modo de vida do Maçom implica o dever de sair em busca da Felicidade para quem dele 
dependa;  a Maçonaria, em que pese não conseguir garantir a felicidade para todos, luta para que se garanta, para todos,  o ato e o Direito de se sair em busca dela;
V - a Felicidade requer faculdades da Alma (sete Artes liberais; e as virtudes, que são 
disciplinas do Espírito);
VI - são componentes da Alma importantes: arte, prudência, intelecto (“cuca”), ciência e 
sabedoria.

O lance divinal da criação colocou, sobre a face da Terra, Conhecimento, Sabedoria, Verdade, Felicidade, apenas para os humanos.  Conhecimento e Sabedoria, principalmente, prestam-se à fuga da infelicidade dado que mitigam os fados e minoram os fardos, dos fatos da vida.

Do ponto de vista teórico deve-se crer um pouco menos e conhecer, compreender, um pouco mais; do ponto de vista prático (social, ético, político) trata-se de agir um pouco mais e esperar um pouco menos;  e sob o aspecto espiritual (ou afetivo), esperar um pouco menos e amar bem mais...

Uma palavra final, “nua e crua”, bem conclusiva, pode ser:
- deve-se parar de sonhar com a felicidade, o que já acontece cruelmente nos dias atuais;
- o mundo ao nosso redor é para pegar ou largar;   não se pode mudá-lo sem pegá-lo antes...;
- a felicidade não é o objetivo último da jornada da vida;  ela é, sim, o próprio caminho; e, também, não é dogma nem recompensa;
- a Ordem Maçônica preceitua a busca e a prática da felicidade aqui e agora; e isso significa que não devemos deixá-la para um possível e transcendental encontro “religioso” com Deus,  após a morte;
- esse caminho é cheio de dificuldades e barreiras que temos de aceitar (como Jó o fez) para poder amar a vida;  a  vida  vale mais do que tudo, do que a filosofia, a sabedoria, a esperança, a fé...;
- a felicidade não é um estado de repouso ou contemplativo; requer coragem para ousar;
- há cada vez menos felicidade sem prazer;
- não há felicidade sem amor;
- a felicidade não está nem no Ter nem no Ser; ela reside, de fato e de direito, no amor, no prazer e na ação; não é a esperança que empurra  para agir, é o amor ou a vontade e, ademais, quem sabe faz a hora e nem espera acontecer...

Assim Deus nos ajude, ilumine, guarde e cubra-nos de Felicidades.  

9.07.2010.
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Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral

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