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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Escola da Alma



Ninguém entra na Maçonaria pelo seu valor intelectual, nem pela capacidade econômica ou financeira, nem pela posição social que ocupe. Depois de o irmão ser recebido Maçom, e com maior razão, será tratado como um igual, à parte, suas qualificações na vida profana. Essa é a regra.

Mesmo as investigações que se fazem sobre o candidato – as chamadas sindicâncias – equivalentes a uma devassa na vida do candidato proposto, não o preparam para a iniciação maçônica; apenas dão informações sobre de quem se trata, relacionadas com o grau de instrução, o comportamento na sociedade, posição financeira e profissional e as referentes à moral comum.

O que abre a porta do templo à iniciação maçônica é a sensibilidade do coração, da alma do profano, sinal que é percebido, intuitivamente, pelos mestres – iniciados do 3º grau –      durante a citada investigação preliminar. É quando os sindicantes avaliam se aquela alma tem predisposição para praticar o bem, se é terreno fértil para a semeadura das virtudes maçônicas.

O neófito, bem orientado pelos seus instrutores, e assimilando as lições dos símbolos, logo percebe que embora a Maçonaria proclame a “prevalência do espírito sobre a matéria”, não é uma religião, nem suas lojas são uma variedade de igreja. Mas cada maçom deve conduzir-se, em sua respectiva religião, com responsabilidade e cooperação.

Vê também, o neófito, que não obstante a declaração de que a Maçonaria pugna pelo aperfeiçoamento intelectual da humanidade – v. Constituição Federal – ela não chega a ser uma faculdade e suas lojas não são escolas noturnas, como já observou um mestre do passado. Incumbe a cada Irmão, nas universidades, nos governos, nos parlamentos, nos fóruns internacionais e em suas atividades profissionais e sociais de caráter individual, exercitar esse mandamento maçônico, inscrito no Art. 1º da Constituição do Grande Oriente do Brasil, em benefício da humanidade.

O ensinamento individual, dentro das lojas, é regido, ao menos os primeiros passos, pelo nível, que equaliza e disciplina, e pelo prumo, que baixa nas profundezas do coração, conhecendo ali o verdadeiro grau de evolução de cada obreiro para a consecução do nosso objetivo final – Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Os candidatos que realmente poderão enriquecer as nossas colunas são aqueles que sintam amor pelo Deus Altíssimo e pela Sua obra, que se deixem atrair pelos mistérios da vida e da morte, que respeitem as milenares tradições iniciáticas e que sejam capazes de aplicar com dignidade o ensinamento superior colhido na extraordinária escola da alma, que é a Maçonaria.
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6/8/2010

Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral

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