Digite abaixo o seu email para receber mensagens com as nossas postagens:

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Levante Árabe


No sítio eletrônico do Grande Oriente do Brasil


A visão de uma nova crise inquieta o mundo. Dessa vez, além do aspecto econômico, à frente os interesses petrolíferos, surgem sinais de influência política, racial, religiosa e fundamentalista, tendo como estopim as tiranias montadas contra o povo árabe, que agora implodem ou ameaçam explodir para maior sofrimento das populações abrangidas.
.
Enquanto nós, ocidentais, olhamos para os árabes com olhar superior desde os longínquos tempos das Cruzadas, e implantamos aceleradamente o processo cultural e tecnológico, esse povo tão aviltado e aparentemente atrasado utiliza as mais modernas tecnologias como armas contra as ditaduras.
.
Os governos ditatoriais disseminados pelo Oriente Médio e norte da Africa, sejam os patrocinados pelas grandes potências, sejam os por elas execrados, estão debaixo do mesmo perigo, que é a sublevação popular orientada pelos twiteiros e outros figurantes da guerrilha mais atual. Neste momento, não se quer saber se os tiranos são “mocinhos”, segundo a classificação ensinada, ou “bandidos”. Todos caminham para o lixo da História.
.
Os maçons, comprometidos, historicamente com a luta contra as tiranias, o despotismo e o preconceito de qualquer natureza, tendem a observar as intricadas nuances dos acontecimentos naquela região com tranqüila expectativa, lembrados sempre de que os interesses nacionais dos mais fortes não foram necessariamente vitoriosos nos embates do passado. Vejam-se os exemplos da Independência Americana, da Revolução Francesa e mesmo da Revolução Islâmica de 1979, no Irã.
.
As potências colonialistas tem muito a perder com a insurreição nas monarquias, nas repúblicas ou nas comunidades tribais obedientes aos interesses nacionais dessas potências. O nervosismo que se espalha no Ocidente tem a ver com a imagem demoníaca e fraudulenta pintada a respeito da raça árabe , contra a qual já se aventa a intervenção militar, hipótese que começaria na Líbia e colocaria o Egito entre dois fogos.
.
São reflexões que se podem fazer neste momento, ao que tudo indica, ponto inicial de uma modelação do mundo segundo as exigências sociais e nacionais dos povos árabes. O brado “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, notável bandeira de nações civilizadas e que tanto serviu as camadas dirigentes em tantos países, volta agora como eco dos corações árabes oprimidos que reivindicam para si próprios as excelências da gloriosa trilogia e clamam para nós:” Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
.
Brasília, DF, 28 de fevereiro de 2011.
.
Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral

Nenhum comentário: