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segunda-feira, 15 de março de 2010

O Esquadro




Na Revista Palavra Maçônica

A ferramenta de trabalho, indiscutivelmente, mais importante de um maçom é o ESQUADRO, e por isso foi adotado como emblema oficial do VENERÁVEL da Loja, como dirigente das atividades da Oficina. É um TAU (a letra “T” do alfabeto cretense) invertido, que nada mais é do que dois esquadros encostados, colocado três vezes sobre o avental do mestre – em substituição às rosetas, é o emblema de um EX-VENERÁVEL, pomposamente chamado de “PAST-MESTRE” entre nós.

O esquadro tem a forma exata da letra GAMA do alfabeto grego, já usado pelos fenícios quando era o símbolo da divindade. Naquele tempo, ainda tinha um ângulo ligeiramente obtuso. Com o ângulo reto, portanto como verdadeiro ESQUADRO, era usado na Babilônia antiga, para simbolizar NABU, o Deus que criara o mundo.

No Egito, o esquadro era o símbolo da JUSTIÇA, e por isto “divindade”. Julgando os mortos, a justiça era apresentada sentada sobre dois esquadros; implementos não aparecem em reproduções da mesma “divindade” em atividades normais. Ninguém seria aprovado neste julgamento se não tivesse vivido dentro da moral e com retidão, tornando-se então o ESQUADRO o símbolo da “MORAL E DA RETIDÃO”.

Na velha China, por sua vez, o esquadro era um símbolo sagrado, indispensável para a formação de um cubo perfeito, pois quatro esquadros formam um quadrado e 15, um cubo. Quatro esquadros também formavam a Cruz da Swastica, na antiga China o símbolo da VIDA. Desde os tempos imemoriais, a Cruz da Swastica, como a “RODA DA VIDA” às vezes desenhada com as bases externas dos esquadros arredondados, era o símbolo da própria vida em quase todos os povos orientais. Muito antes de Hitler, era até o mundialmente conhecido emblema comercial da Companhia Petrolífera ANGLO-SHELL, que na década de 30, justamente para não ser taxada de propagandista do regime totalitário hitlerista, o substituiu pelo atual símbolo da CONCHA.

Era o esquadro a ferramenta de trabalho essencial dos antigos maçons OPERATIVOS da Idade Média, os construtores de Catedrais, Castelos, Fortalezas, Pontes e outras obras de arte. Nestas condições não é de se admirar que a Maçonaria, ao converter-se em ESPECULATIVA no século XVII, adotasse esse mesmo esquadro como símbolo máximo, e juntamente com a BÍBLIA, o nosso Livro da Lei Moral, e o Compasso, o incluísse entre as 3 GRANDES LUZES, obrigatoriamente presentes no altar de toda e qualquer Loja Maçônica LEGÍTIMA E REGULAR do Mundo.

Entre as três Grandes Luzes, o ESQUADRO ocupa o 2° lugar em importância (1° é o Livro da Lei e o 3°, o Compasso) e , relendo todos os rituais, a ele se faz referência nas circunstâncias mais diversas. Mas de uma forma ou outra, sempre como o símbolo da JUSTIÇA, da RETIDÃO de comportamento e do espírito de MORAL – virtudes que devem regrar a nossa vida, lastimavelmente hoje tão esquecidas e vilipendiadas pelos maçons, em eternas DISSIDÊNCIAS TOLAS e que só provam a falta de maturidade maçônica.

Mas a quem cabe a culpa deste estado de coisas? Simplesmente a nós mesmos, que não aprendemos a aplicar o ESQUADRO, ou seja, a retidão das nossas ações em nossa convivência com o ideal maçônico. Sinal esse de que a tão falada “PEDRA POLIDA” que deveríamos ter produzido, continua “bruta” e imperfeita, não se encaixando no templo da Fraternidade que todos nós juramos construir ao sermos iniciados.

Portanto, IIr.•., vamos usar o ESQUADRO em nosso comportamento no mundo maçônico para servirmos de exemplo ao mundo profano, que julga a maçonaria pelos seus atos como coletivo, e pelo comportamento individual dos seus componentes.n

Colaboração do Ir.•. José Gabriel de Freitas Mattos que há mais de 30 (trinta) anos trocava correspondência com Ir.•. KÜRT PROBER do Rio de Janeiro, enviando-lhe o Jornal “O FRATERNO” (hoje em novo estilo) que fundou em dezembro de 1976 na “Fraternidade Paulista – Oriente de BARRETOS”, e foi seu Redator, com o Jornal “O BIGORNA” de autoria e lavra do poderoso Ir.•. KÜRT PROBER.

Fonte: O APRENDIZ – Fevereiro de 1982 – página 11

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